sábado, 30 de abril de 2011

Tintin no Congo

Primeiro ponto, foi a ler Tintin que eu entrei na BD com 7 anos. Segundo ponto, embora gostasse bastante das aventuras de Tintin na altura, este não era o meu preferido. Terceiro ponto, este Tintin no Congo nunca foi dos meus preferidos da série. Existem razões para isso, a obra data de 1931 ( e já lá vão 80 anos), e foi a segunda da série. O primeiro volume foi Tintin no País dos Sovietes, mas este volume já apresenta bastantes melhorias em relação ao primeiro. 

Ao fim e ao cabo é este volume que eu considero o pontapé de saída para esta série histórica da Banda Desenhada europeia, fazendo escola e criando definitivamente a chamada “linha clara”. Estão editados até à data pela ASA os seguintes volumes: 
1 Tintin no País dos Sovietes 
2 Tintin no Congo 
3 Tintin na América 
4 O Charutos do Faraó 
5 O Lótus Azul 
6 A Orelha Quebrada 
7 A Ilha Negra 
8 O Ceptro de Ottokar 
9 O Caranguejo das Tenazes de Ouro 
10 A Estrela Misteriosa 
11 O Segredo do Licorne 
12 O Tesouro de Rackham, O Terrível 
13 As 7 Bolas de Cristal 
14 O Templo do Sol 
15 Tintin no País do Ouro Negro 

Como o próprio Hergé (George Remi) disse, esta é uma obra muito naif feita à luz dos estereótipos da época. E é, por isso mesmo, uma obra muito ingénua com uma linha de história muito simples contando uma aventura em África com uma intriga bastante simples e muitas caçadas à mistura. Assim Tintin parte em direcção ao Congo a bordo de um navio, onde já aparece o vilão principal da estória. 

No Congo toma contacto com algumas tribos indígenas onde é feito rei e herói, passando por algumas caçadas mas tudo muito desgarrado. No final faz a ligação para próxima aventura: Tintin na América.

Apesar disto tudo o livro lê-se perfeitamente bem, se o lermos à luz da mentalidade da época. Neste momento existe a edição da ASA à venda, que veio substituir as da Difusão Verbo que manteve os direitos da série por muitos e muitos anos. Existem diferenças en
tre as duas edições e a que salta à vista é a diferença nas dimensões entre uma e outra. A da ASA mais pequena e compacta em relação à antiga da Verbo. 

Mas existem mais diferenças, nova tradução e adaptação e as cores das páginas são mais vivas na versão ASA! Poderão verificar isso na última imagem em que eu coloquei a mesma página, uma ao lado da outra. À direita a da ASA e à esquerda a da Verbo. O tratamento de imagem que eu lhes dei foi exactamente mesmo, mas podem ver bem a diferença na cor! 

Em relação ao congolês que queria fama (e já a obteve), o Sr. Bienvenu Mbutu Mondondo (que deve ser um radical da cor), pôs esta obra de Hergé nos tribunais Belgas provando a toda a gente que as leis funcionam (bem demais) na Europa. Sim, porque pôr o Tintin em tribunal naquela zona da Europa é um feito, visto que a criação de Hergé é um verdadeiro ícone na Bélgica e em França.

Assim um emigrante no país que o acolheu para estudar, provavelmente com alguns subsídios à mistura, em vez de trabalhar para acabar com a barbárie e atropelo dos direitos humanos no seu próprio país, diverte-se aqui na Europa a colocar pedaços da nossa História e cultura em tribunal…  

Nenhuma criança irá tornar-se racista por causa do Tintin no Congo, aliás, acho que o efeito é exactamente o oposto do pretendido… Espero que ele ponha em tribunal toda a literatura da época, em que o espaço de acção era África. Sim porque era assim que os africanos eram vistos na Europa (ou bastante pior…). Aliás, quando isto aconteceu na Grã-Bretanha (também uma associação anti-racismo) o livro disparou para os tops de vendas como nunca tinha acontecido! São inteligentes… hã??? 

Acho que a Europa se tem que começar a blindar contra este tipo de ingerência. Minha opinião! Muito pessoal. 
Talvez seja só eu! 
Ou não…

 
À direita versão ASA, à esquerda versão Verbo.

Boas leituras! 

 Hardcover 
Criado por Hergé 
Editado em 2010 pela ASA 

30 comentários:

  1. Acho giro que alguns emigrantes (principalmente africanos, e árabes), em vez de assimilarem a cultura do país que escolhem para trabalhar/estudar, e respeitarem a casa que os acolhe, queiram impor a sua própria forma de estar. E o pior é que, na Europa, somos uns "bunda-mole", e cedemos. Não estão bem?? Têm bom remédio, voltem para o país deles, onde se sentirão felizes, integrados, sem trabalho, sem saúde, sem educação, mas agarradinhos à sua querida cultura (que eu respeito, se um dia for "turistar" para um desses países, garanto que taparei o cabelo e usarei roupa idêntica às mulheres de lá. Gosto de respeitar os anfitriões que visito). Mas isto sou só eu. Opinião, também, muito minha.
    Enxofre

    ResponderEliminar
  2. Concordo a 200%. Gosto do Tintin e de quase tudo o que foi e é publicado no âmbito da BD na europa. E concordo com a Diabba... afinal de contas quem é racista? Nós que os acolhemos e os aceitamos (ainda que uma minoria seja como bem conhecemos) ou os imigrantes que tentam impor os seus usos e costumes não respeitando a nossa história e cultura?
    Enfim... Se essa acção em tribunal tiver sucesso será, acho eu, apenas na bélgica. País dividido, sem identidade... explica-se por muita coisa, e esta é apenas mais uma!

    ResponderEliminar
  3. ah! e agradeço a regularidade actual dos teus posts!como disse antes, já é um hábito regular visitar este espaço há quase 3 anos!

    ResponderEliminar
  4. Diabba
    Mais que ninguém conheces a minha opinião sobre este tipo de assuntos!
    (Porque será?)
    :D

    Joaninha
    Eu também gostei dessa frase... saiu-me muito naturalmente!
    :D

    Diogosr1
    Neste momento Tintin não é propriamente uma das minhas leituras prioritárias, porque para além de ter lido todas as aventuras há muitos anos atrás, a re-leitura tira um pouco da magia de quando eu era criança. Agora parece-me sempre um pouco datado... mas volta e meia leio um livro!
    Sempre quero ver o que vai acontecer no final dessa novela congolesa na Europa... ou me vou rir, ou vou chorar!
    ;)
    Em relação à regularidade, eu tenho feito um esforço para não deixar a BD cair no marasmo, mas os leitores do blog não estão a ajudar, pois tem faltado o feedback escrito (não em número de visitas) das minhas "postas"...
    :P
    Quem faz o esforço não profissional de escrever para os outros gosta de sentir que alguém o lê!
    ;)

    ResponderEliminar
  5. Eu pelo menos, visito regularmente o teu site (diáriamente mesmo). Em relação a feedback, digo que tenho os Tintins editados em livros duplos pelo Circulo de Leitores à muitos anos.

    ResponderEliminar
  6. PCO69
    Quando me referia a feedback, referia-me a que antigamente o pessoal "discutia" mais e deixava a sua opinião... isso está a perder-se, não só aqui como nos fóruns de BD!
    Embora visite e leia, o pessoal está a ficar amorfo...
    :P

    ResponderEliminar
  7. Já não leio Tintin à algum tempo pelos motivos do bongop. Tenho lido isso sim o que se escreve sobre a sua obra e o seu autor. Recomendo vivamente para quem domina francês o Hors-Série da “Philosophie Magazine” (setembro.2010) de título “TINTIN au pays des Philosophes”. Quanto à polémica são os tais 15 minutos de fama de que falava Andy Warhol em 1968 por motivos de merda - infelizmente.

    ResponderEliminar
  8. Bongop tu que andas mais ligado do que eu aos comics tem saído coisas novas do Silver Surfer??

    ResponderEliminar
  9. Paulo Brito
    O problema é que este tipo já ultrapassou largamente os 15 minutos... já anda há pelo menos 3 anos nisto! Acho que o país dele tem problemas muito maiores para ele resolver... ou será que é da família do ditador que manda no Congo?

    Do Silver Surfer não tem saído nada... infelizmente!
    :(

    ResponderEliminar
  10. Estou a ver aqui comentários e opiniões demasiado reaccionárias.
    Foi a primeira vez que me senti constrangido ao ler este blog (que já acompanho à vários anos). Comentários no género de "era um chuto no cu que só parava no congo", "na Europa somos uns bunda-mole", "voltem para o país deles" são extremos. Acho que têm todo o direito de questionar a origem e a base de sustentação de um processo judicial deste género (pois também o questiono), mas chegar ao ponto de fazer este tipo de comentários é lamentável... não me parece os leitores e participantes activos deste espaço tenham um nível cultural baixo, mas comentários deste género levam-me a acreditar que cultura e capacidade de discernimento não andam de mãos dadas...
    Sempre tive uma excelente opinião acerca deste blog, mas comentários desta natureza colocam em causa a qualidade de leitura que "nós" bedéfilos estamos habituados e pretendemos ter.
    Não me vou estender mais sobre o assunto, pois estes temas são polémicos e susceptíveis a discussões que são escusadas de ter por esta via :)

    Espero que o blog continue em força e a fazer parte da leitura regular de todos nós.

    Abraço a todos
    Lobo

    ResponderEliminar
  11. Lobo
    Sabes que por vezes situações radicais provocam desabafos também extremados.
    Não tenho nada contra quem vem à procura de melhor vida, aprender mais, trabalhar, etc., mas desde que cumpram com as regras e leis mais elementares de quem os recebe, sejam de que cor ou credo forem. Agora fico fulo com este género de pessoa que veio de um país onde se cometem as maiores atrocidades e gasta o seu tempo, esforço e dinheiro a pôr um livro com 80 anos em tribunal, em vez de lutar pelos direito humanos no seu próprio país!
    Gosto mais de falar sobre BD do que este tipo de temas, onde posso ser mal interpretado... só que neste caso alguém meteu a BD no meio de um assunto sensível (e não fui eu). De qualquer maneira acho interpretaste mal o que eu disse!
    Eu estava a referir-me particularmente ao Mbutu, e não a todos os emigrantes ou estudantes estrangeiros! Se estes trouxerem mais valia ao país que os acolhe e consigam uma vida melhor dentro da lei, para está tudo muito bem.
    ;)

    ResponderEliminar
  12. O humor é um dos sinais de inteligência. (dizem)
    :)

    ResponderEliminar
  13. Como leitor deste blogue e para que não se perca a arte e tradição do “belo comentário” dou aqui o meu contributo para esta (não) questão das aventuras do Tintin no Congo. Obviamente que o estudante congolês anda confuso e padece de algum problema com o facto do seu pais ter sido uma antiga colónia. Também me parece que o incomoda a liberdade dos outros. Nada que um belo sermão de um juiz belga não resolva. Até porque não poderá haver outro desfecho que não este. Por outro lado antes assim – a aceitação e discussão da queixa - do que seguir o exemplo nos Estados Unidos onde algumas bibliotecas públicas ainda tem um index de livros proibidos. São estas diferenças que tornam os europeus e a sua cultura uma referência. E supondo que continuamos numa de absurdo, a mim muito me espanta não ter vindo a qualquer associação de defesa dos animais apresentar igualmente o seu protesto pela carnificina praticada pelo Tintin durante o seu safari no Congo. Eu contei pelo menos uma dúzia de gazelas, um macaco, uma serpente, um elefante com o respectivo saque dos dentes de marfim, um rinoceronte entre outros mal-tratos a animais. Chocante? Nem por isso, era uma realidade à 80 anos atrás!

    ResponderEliminar
  14. Tenho acompanhado esse caso nas noticias da Net, na minha opinião não passa de um perfeito disparate em que sinceramente não sei quem é mais idiota, se quem teve a ideia de colocar uma BD como tu bem dizes com 80 anos em tribunal, se quem deixa o caso seguir tanto tempo num tribunal.
    Claro que não posso falar muito no que a leis diz respeito porque disso pouco entendo mas se vamos seguir essa lógica daqui a nada além da BD, vamos ter quase toda a industria de Hollywood em tribunal também, basta lembrar alguns dos filmes clássicos do Tarzan e como os africanos eram tratados, ou voltando à BD qualquer dia algum japonês lembra-se de processar a DC por causa de como eram retratados na serie original do Falcão Negro e outras BDs do género de há 60/70 anos.
    Eu confesso que ao ler ou ver algumas obras desse tempo não concordo como certas raças ou credos são retratadas mas o facto é que era assim nesse tempo e não é por isso vou deixar de gostar ou apreciar a obra. A verdade nua e crua é que os europeus numa certa época quase dominaram o mundo e cometeram verdadeiras atrocidades que até eram consideradas como sendo "justas e correctas" e sendo descritas em livros e arte da época até como heróicas.
    Gosto de pensar que evoluímos desde então e que hoje já não somos assim e caminhamos juntos, qualquer seja o nosso credo ou raça para um futuro em que essas diferenças já não importam mas com casos como este acho que em vez dum passo em frente estaremos a dar dois para trás.
    Abomino toda a forma de descriminação, racismo (mesmo disfarçado, que ainda há muito e em muitos países ditos evoluídos) ou o que queiras chamar mas acho que não é negando o nosso passado e obras que foram criadas nessa cultura retrograda que contribuímos para acabar com isso.
    Resumindo, não posso concordar mais com o teu artigo.
    Abraço. :)

    ResponderEliminar
  15. Como escreve o Verbal, "pelo belo comentário": já tudo foi dito quanto ao Mbutu e os seus 15 minutos de (má?) fama. Quanto ao tribunal, é de louvar ter aceitado o caso, mostrou que existe abertura a que se deixe discutir e apreciar tudo. Aproveita assim o tribunal para contextualizar a obra ao mesmo tempo que demonstra que hoje não se admitem (?!) certos comportamentos de 80 anos atrás.

    Também acredito que o politicamente correcto assola em demasia a nossa actual sociedade: não se pode dar uma palmadinha nas crianças (ia escrever "meninos (as) ", mas poderia ser mal interpretado...estão a ver?); não fica bem chamar "Contínua" à técnica auxiliar de educação; não podemos chamar a palavra começada por P aos negros em português e não podemos chamar a palavra começada por N aos blacks em inglês. Eu acho muito bem que assim seja, no último caso, especialmente. Existe a hipocrisia de alguns que nas mentes deles ou nas costas dos outros continuam a fazê-lo, embora gritem “crime” em público. Perpetuar o racismo como aceitável, entre outras ignomínias, é absolutamente inaceitável. Mudar mentalidades pode demorar gerações e se é pela via do politicamente correcto, então seja. Eu também não gosto de ser "o branco", por ter conotações racistas, de esclavagista, ofício que simplesmente abomino. Caucasiano, quanto muito e por agora. Dentro de algumas gerações espero que os meus descendentes sejam apenas referidos como "homem" ou "mulher". Cá está...inaceitável pelo termos do politicamente correcto: de certeza que uma qualquer feminista achará incorrecto fazer uma distinção por género!

    Eu até sou contra o uso da palavra "tolerância". Esta demonstra arrogância; que quem a emprega se pressupõe melhor e maior que a quem a palavra se destina. "Eu tolero aquele comportamento ", isto é, "eu, no meu magnânimo entender, até deixo que aquele comportamento ocorra". O tribunal Belga tolerou o processo e depois arrasou quem o intentou. Com razão, talvez pelo bom senso do "temos realmente muita pena, mas o que lá vai, lá vai". De qualquer forma, o texto que abre a obra "Tintin no Congo" (pelo menos numa edição que eu já li - não tenho presente qual) explica que os tempos eram outros e assim se pensava e se agia e que hoje em dia felizmente a hipocrisia do politicamente correcto não permite que tal se passe descaradamente impresso num qualquer livro, embora na época houvesse muita gente que não pensasse conforme o livro demostre, assim como hoje ainda existe muita gente que lamentavelmente pensa exactamente conforme o texto impresso na edição original do livro em discussão.

    Eu sou da opinião que esta é uma luta que vale muito a pena continuar, acabar com todo o tipo de discriminação, segregação, ostracismo, etc. Valerá sempre a pena trazer à ribalta casos passados, mesmo com algum ridículo da situação, para que não se repitam, ou melhor, para que não se perpetuem, mesmo abusando do politicamente correcto. Também sou da opinião que, para que isso seja possível, não se apague ou reescreva a História, se adaptem textos aos tempos correntes, esfumando a verdadeira memória por mais inaceitável que hoje nos possa parecer.

    Eu estou a pensar processar o Brasil. Estou farto de ser retratado como um padeiro de bigode que não sabe o que é um banho e que diz gajo e pá a torto e a direito! O Maurício que se ponha a pau. Por nosso lado poderemos esperar acções por parte dos indígenas Brasileiros por lhes estragarmos o descanso e a liberdade. É pena que os Norte-Americanos mal saibam que nós existimos, é que estes (justamente) pagam reparações por ofensas passadas! Por outro lado não aprendem nada e continuam a perpetuar o estigma com a "descriminação positiva" que é, para mim, o corolário do cúmulo do politicamente correcto.

    ResponderEliminar
  16. Só para rematar uns pensamentos:

    Se a Europa acolhe os estrangeiros que a procuram pelas oportunidades e liberdade, deverá a mesma exigir que abdiquem dessa liberdade para se indignarem e se sentirem ofendidos? A liberdade só tem um sentido? Aceitamos a diferença, ou apenas a toleramos (quando nos convém)? As diversas Constituições de diversos países Europeus deverão ser reescritas para fazer claramente entender aos emigrantes que a fé "deles", as diferenças "deles" (que também são as "nossas") serão vistas como ingerencias?

    Atenção que eu defendo que a História não se pode apagar da memória, reescrevendo textos, queimando livros ou criando um Index, como exemplos. Tudo o que é demais, é moléstia. Seja de quem for.

    ResponderEliminar
  17. Para que conste, e para evitar mal-entendidos sobre aquilo que escrevi, se o jeitoso que fizesse isso fosse um sueco de olhos azuis, louro e branquíssimo, a minha postura era exactamente a mesma! A frase nesse caso seria "levava um chuto no cú que só para na Suécia"!
    Podem extrapolar isso para qualquer cidadão de qualquer país!
    Sou contra discriminações, sou a favor de as pessoas serem livres para rezar a qualquer Deus ou Deuses, e que pratiquem as tradições dos seus ancestrais! Mas desde que isto não vá contra a liberdade de outros ou contra a lei vigente.
    E aceito a diferença, também não gosto da palavra tolerância, pois esta tem uma certa dose de paternalismo envolvida. E friso que aceito perfeitamente a diferença desde que essas diferenças também não colidam com outros.
    Penso que me fiz entender desta vez.
    Espero que nenhum sueco me venha azucrinar a cabeça por ter dado o exemplo acima descrito.
    :D

    Para os homens que referiram o "belo comentário", gosto que as pessoas comentem, porque detesto o discurso... fica monótono, prefiro que haja actividade e discussão, pois assim aprende-se sempre mais qualquer coisa!
    E sempre mostra que o pessoal que gosta de BD está vivo!
    Eu acho que o pessoal anda um pouco adormecido... nem dizem mal nem dizem bem...
    Ainda bem que isto serviu ao menos para acordar!
    :P

    ResponderEliminar
  18. Informo que não retiro nem uma virgula ao comentário que fiz lá em cima.
    Quem não está bem que se ponha. É o que eu costumo fazer quando algo, alguém, ou algum lugar me incomoda.
    enxofre

    ResponderEliminar
  19. Esta casa é do Bongop (e da Diabba?), pelo que têm todo o direito a escrever (quase) tudo o que lhes vem à cabeça. Não gostam? Ponham-nos em tribunal :-) Ou mais fácil. Deixem de frequentar a sua casa!

    Em relação a comentários aos posts, confesso que tenho alguma dificuldade em comentar algo que não conheço. COm isto, quero apenas dizer, que a maioria dos teus posts, são sobre livros/séries que não conheço. E não gosto de comentar para dizer simplesmente "que belo post"...

    Toma isto como um cumprimento à qualidade do teu blog e dos teus escritos. :-)

    ResponderEliminar
  20. Diabba
    E não estou a pedir para retirares virgulas!
    Cada um é como cada qual, e como tal temos as nossas opiniões, que divergem de pessoa para pessoa! O mundo é cheio de cores e toda a gente deve saber ouvir e respeitar!
    A tua opinião é perfeitamente válida, não disseste nada de mais. Tenho a certeza que se fores a Marrocos irás pôr um véu na cabeça!
    :)

    PCO69
    Na realidade esta casa é de vocês todos!
    São vocês que a fazem, eu apenas vou pondo a mobília... e vocês gostam, ou não...
    Por isso eu gosto de sentir os comentários, porque é aí que vocês dizem se gostam da decoração ou não!
    :D
    Isto desde que se cumpram os requisitos mínimos de respeito entre todos os leitores/comentadores.
    Se tal não acontecer, como já aconteceu uma vez (felizmente só uma vez) aí serei ditador!
    ;D
    Na realidade prefiro que não comentem sobre determinada obra se não a leram... prefiro isso a que me digam "que belo post"... !
    Se não leram, e se tiverem interessados, o comentário será a pedir mais informação sobre a obra em questão! É para isso que eu trabalho!
    Ou a corrigirem-me se por acaso eu tiver "metido água" (por vezes acontece).
    ;)
    Obrigado pelo cumprimento!
    :)

    ResponderEliminar
  21. Posso dizer mais uma coisinha? :)
    Eu, mulher estudante em Estudos Feministas, como alguns de vós já sabeis, vou processar o pessoal que desenha, escreve e lê BD com mulheres nuas e boazonas que continuam a esteriotipar as imagens das mulheres e tornam mais difícil a missão(impossível) de fazer com que os direitos das mulheres sejam iguais aos dos homens, sendo impossível alterar todos esses papéis de imagens sexuais, tão vendidos nas histórias aos quadradinhos (isto foi dito no seguimento do comentário do refemdabd - aproveitei a onda). Desculpa lá, oh refemdabd. :)
    Tenho a dizer ainda que vou continuar a comprar essas bd´s mesmo depois de lhes meter o processo, desde que goste dos desenhos. (sou uma vendida).
    Obrigada pelo espaço de antena.

    ResponderEliminar
  22. Joaninha
    Tens o espaço de antena que quiseres... este espaço é para todos!
    :D
    Em relação às BDs com "mulheres nuas e boazonas", se reparares nos posts mais visitados os primeiros 4 da lista estão cheios disso...
    ahahhahah
    Eu também sou um vendido!
    :D

    ResponderEliminar
  23. Hehehe! Boa, Joaninha.

    Bongop, eu não te interpretei mal. Conhecendo-te um bocadinho, sei perfeitamente que fossem Africanos, Suecos ou Chinamarqueses, terias dito da tua justiça. Também, tu já me conhecendo um bocadinho, sabes perfeitamente que eu gosto de discursos e que bem tento para que não se tornem monótonos, daí gostar sempre de os impregnar com uma boa dose de humor cínico, com umas pitadas de sarcasmo e temperado com algum bom senso. Por vezes não consigo. De qualquer maneira, as minhas perguntas eram generalistas e não se destinavam a ti em particular, mas a todos, eu em especial. Eu sou da opinião que, se um país quiser realmente manter a sua identidade cultural e política, deve defini-la objectivamente e não vir com historietas carregadas de hipocrisias politicamente correctas para que quando as coisas se tornam sérias haja um modelo verdadeiro e legal a cumprir. É como escreves, o mundo está cheio de muitas cores e é bonito por isso, especialmente quando se misturam as cores. Eu confesso, às vezes sou um bocado daltónico, felizmente no bom sentido e infelizmente também no mau sentido.

    Ainda bem que o pobre de espírito do Mbutu não colocou uma mochila às costas e se fez explodir no metro apinhado de gente para expor a sua, para mim, exagerada indignação desfasada no tempo, considerando a obra em questão.

    ResponderEliminar
  24. Refem
    É isso! Sou a favor da objectividade política e cultural!
    E eu ainda não estou daltónico, quero ver se continuo a ver as cores todas e não a preto e branco, verdadeiro ou falso, bom ou mau...
    Ainda vou tendo espaço para o resto, que é a maior parte!
    ;)

    ResponderEliminar
  25. Ainda vou a tempo de comentar?
    1º acho que muita gente anda muito susceptível com os seus direitos e "ofensas", pois tudo lhes serve para ficarem ofendidos; e por isso mesmo acho que há gente que merece ser ofendida.
    O Ocidente anda programado/refém do "politicamente correcto" (PC) há já muito tempo, e claro, onde os outros encontram 'tecido mole', carregam. Curiosamente não vejo nenhuma cultura não-Ocidental tão preocupada com o PC para com as outras culturas, muito menos com o Ocidente.

    Na verdade o que é esperado de nós é muito simples: na terra dos outros temos que adaptar a nossa cultura para não entrar em conflito com a deles, agora quando são os outros na nossa temos que "adaptar a nossa cultura para não entrar em conflito com a deles" ?!... hmmm.. algo aqui não está bem.


    Quanto aos livros, essa versão da Difusão Verbo não deve estar muito famosa, pois a que eu tenho aqui (de capa rija) tem cores muito mais semelhantes à versão da ASA do que essa Verbo deslavada. Até tem cores um nadinha mais fortes. Esses verdes super-pálidos aqui simplesmente não existem.

    E detesto as traduções da ASA do Tintin: as falas são mais simples e curtas (deve ser para agradar às criancinhas, não queremos que elas leiam demais pois não?), mas também mais gerais e menos detalhadas.
    E cometem o pecado, nos livros que eu vi, de reduzir o riquíssimo vocabulário de insultos do capitão Haddock a pouco mais que "intelijumento"... hã? A sério? Onde antes havia 3 ou 4 daquele nomes engraçados agora há apenas um 'intelijumento'? Patético, mas o que seria de esperar duma editora que (outro pecado) mudou todos os nomes dos personagens do Astérix? Se não fosse pela coerência do 'ix' aposto que lhe chamariam de "Asterisco"...

    ResponderEliminar
  26. Unknown
    O politicamente correcto está a provocar uma situação que cada vez mais vai escapando ao controle dos estados europeus. A radicalização, o pulular de grupos nazis e grupos de ódio são a árvore que nasce do "politicamente correcto".
    Daqui por 10, 20 anos presumo que a Europa esteja a ferro e fogo à conta do "politicamente correcto". Cada vez mais os grupos das extremas irão subir em sondagens e votações e cada vez mais conseguirão levar para junto deles pessoas boas, mas que estão fartas dessa forma de fazer política. Prevejo muitas ditaduras nas próximas décadas, infelizmente. A democracia é um bem muito precioso, mas tem regras que são quebradas todos os dias pelo "politicamente correcto".

    À parte este meu desabafo, eu tenho a colecção do Tintin nos dois formatos: da Verbo e da ASA.
    Na realidade em todos os livros (pelo menos nos meus) existe uma boa diferença de cor. Quanto à tradução, bem teve de ser adaptada pois um formato menor traz o problema da legendagem. Tem de ser mais "concentrada", tentando sempre manter o espírito da ideia original. Presumo que tenha sido bem difícil neste caso, pois os livros de BD desta altura tinham sempre balões "generosos" cheios de texto, mas sim, são mais viradas para uma leitura de gente mais juvenil, como o próprio formato indica.
    Em relação ao Asterix e à mudança dos nomes, foi a editora francesa que obrigou à mudança como termo contratual.
    ;)
    Já agora, adoraria que colocasse uma assinatura para eu não me referir a si como "Unknown"!
    :D

    ResponderEliminar
  27. Olá, sou o "unknown" :P Eu escolhi o meu perfil do Google, mas por alguma razão continua a mostrar-me como "Unknown (Conta Google) – Terminar sessão", mesmo no preview do comentário. Bom, sou o Pedro, assim é mais fácil.

    Realmente não sei até quando o Ocidente pensa em auto-flagelar-se por todos os males do mundo, mas já começa a enjoar. Alguns árabes ainda hoje escravizam povos de África, que alguns missionários ou ONGs depois "compram" só para lhes darem a liberdade, mas depois estes voltam a ser capturados pelos mesmos árabes. Mas disto ninguém fala, como não falam que há 500 anos muitas vezes eram os próprios negros que vendiam os seus semelhantes aos europeus para ganharem 'graveto', nem que para isso tivessem que guerrear outras tribos.

    Os japoneses, que eu até admiro, literalmente violaram e massacraram a cidade de Nanking na 2ª Guerra, mas ainda hoje se consideram "a raça divina"; no entanto e ainda no contexto da 2ª Guerra, se fossem os alemães a dizer hoje uma coisa dessas nem quero imaginar a reacção... É este "2 pesos e 2 medidas" que chateia, começa a moer aos poucos.
    Escravatura, imperialismo e colonialismo sempre houve em todo o lado desde que o Homem é homem, foi é mais evidente nos países europeus devido ao seu maior sucesso global, militar e científico a partir do séc XV. Outras civilizações de outrora até podem ter tido características semelhantes, mas os séculos encarregaram-se de os atenuar.

    Por isso eu, europeu, não-racista, não peço desculpa de nada pois não lhes fiz nada de mal e ainda não existia quando essas coisas se passaram. Todas as desculpas já foram pedidas pelos representantes de várias nações (o que até achei bem, mas como sempre somos os únicos a assumir culpas), e para mim isso chega.

    Ironicamente o politicamente correcto é o maior inimigo das minorias, pois trata-as sempre de forma condescendente (uma forma de racismo brando, o "racismo" do Tintin no Congo curiosamente, só que esse foi há 80 anos e era fruto daquela era), protege-os mesmo que tenha que prejudicar não-minorias ou mesmo minorias menos "na moda", e a longo prazo transforma não-racistas em racistas, ou pouco menos, quanto mais não seja, porque aliena todos os outros.
    O permitir tudo, desde a lidar com animais, a crianças, até países, nunca dá bom resultado. Aquela super-mesquita que vão fazer no Ground Zero em NY, para os liberais progressistas pode ser mais uma oportunidade para escarrapacharem o quão liberais e tolerantes são (e uns petro-dólares tb ajudam), mas na verdade aquilo é o islão a marcar território (só que sem a urina) no sítio onde antes já obtiveram uma "grande vitória".

    ------

    Quanto aos livros (finalmente), talvez os seus da Verbo sejam duma edição mais antiga, os meus foram comprados a partir de 2000-e-tal.
    Para mim se o formato da ASA é menor, então diminuiam um nadinha mais a fonte em vez de simplificarem o texto, ou melhor ainda, nem sequer mexiam nas dimensões do livro. Se tentarem o mesmo com a série Blake e Mortimer, que têm por vezes 70% de texto e 30% de imagem, nem quero imaginar o desbaste.
    E não fazia ideia que tinha sido a editora a impôr a mudança de nomes no Astérix.

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  28. Pedro (Unknown)
    :)
    Sim, os meus da Verbo são antigos.
    A ASA pouco diminuiu na fonte, preferiram adaptar a tradução com uma adaptação mais curta.
    Na realidade para crianças estão melhores. São mais compactos e com o texto mais simples.
    (Os adultos é que poderão não gostar...)
    ;D

    ResponderEliminar
  29. (Agora vai com OpenID)
    Então deve ser isso, os meus são mais recentes. Se calhar os seus até são daqueles com aquela técnica de impressão antiga, com pintinhas, em que por ex a pele beje dos personagens é criada num fundo amarelo com "micro-pintas" vermelhas.

    Para mim preferia a tradução original, pois esta não deixa de ser uma versão "dumbed down" de livros que foram feitos para pelo menos adolescentes, e não crianças. Tintin não é o Almanaque Disney.

    Mesmo assim os mais infantis são aqueles anteriores ao "Lótus Azul", em que o Hergé ainda não ligava tanto à história e mais aos 'gags'. O "Explorando a Lua" é bem mais adulto, e é suposto sê-lo, só espero que não o tenham trinchado muito.
    De qualquer forma eu em criança lia os originais sem qualquer problema.
    Pobres putos, eles é que perdem, mais ainda os adolescentes que puserem as mãos em cima desses Asa :P

    Cumprimentos

    Ah, e parabéns pelo blog :)

    ResponderEliminar

Bongadas

Disqus Shortname

sigma-2

Comments system

[blogger][disqus][facebook]