sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Divulgação CNBDI: Exposição Héctor Gérman Oesterheld, O Homem como Unidade de Medida


O Centro Nacional de Banda Desenhada e Ilustração (sediado na Amadora) encerra no próximo dia de 6 de Março uma exposição sobre este emblemático autor argentino e convida todos os amantes de BD para este evento. Estarão presentes algumas personalidades conhecidas, como é indicado no "press release":

CNBDI promove encontro
sobre HG Oesterheld

O Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem - CNBDI (Avenida do Brasil 52 A Amadora) – promove, no próximo dia 6 de Março, pelas 15 horas, um encontro para assinalar o encerramento da exposição Héctor Gérman Oesterheld, O Homem como Unidade de Medida.

Pretende-se neste Encontro – que através de videoconferência contará com a participação dos comissários da exposição que se encontram nas cidades de Buenos Aires e Milão – abordar um conjunto de questões no âmbito da banda desenhada, designadamente, o argumento na BD, a relação entre escritores e desenhadores, a arte de narrar de HG Oesterheld, a sua importância na historieta argentina e a influência que teve em sucessivas gerações de artistas em todo o mundo, mas não ficar apenas por aí.
Tendo em conta também a vida de Oesterheld, o seu empenhamento cívico e político, durante a ditadura nos anos 70, e o trágico desfecho do seu desaparecimento, o convite foi alargado à participação de outras pessoas e entidades como, por exemplo, a Casa da América Latina e a Amnistia Internacional que enriquecerão o debate trazendo um conjunto de outros temas à discussão, no âmbito da história da Argentina e dos direitos humanos, que permitirão um melhor conhecimento das múltiplas dimensões da obra de HGO.
O encontro terá a participação, no CNBDI, de João Miguel Lameiras, Pedro Moura, Maria José Pereira, António Amaral, David Soares, entre outros, sendo moderado por Pedro Mota.

Vou falar um pouco mais deste pioneiro da ficção-ciêntifica em Banda Desenhada, Héctor Germán Oesterheld. Nasceu em Buenos Aires, Argentina, 1919. Em 1958 começou a escrever o El Eternauta, talvez a sua obra mais aclamada e conhecida. A sua obra começa a ter uma grande intervenção política com a parte "II" do El Eternauta! De notar que outra obra bastante conhecida foi editada entretanto: Mort Cinder. Depois disto, e ao fim de um ano da morte de Che Guevara, faz a biografia deste, sendo esta retirada imediatamente de circulação pelo governo. Pouco de pois edita nova biografia, desta vez de Eva Péron, sendo esta de carácter crítico e mordaz, e dedicada a Che Guevara. Em 1976 "desaparece" às mãos da polícia política, um ano depois e nos mesmos moldes as suas quatro filhas são presas pela polícia que as faz "desaparecer" de igual maneira. Assim desapareceu um grande autor de Banda Desenhada...

4 comentários:

  1. É o que acontece na porcaria dos regimes totalitários. Se não nos pormos a pau acontece a mesma coisa aqui. (Há sinais inquietantes).
    Tenho alguns números do Mort Cinder já bsatante antigos e em espanhol que comprei em alfarrabistas lisboetas atraído pelo traço nervoso do Alberto Breccia.
    Abraço

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  2. Um evento que merece o seu devido destaque.

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  3. Uma história extraordinária. Estou a preparar um post com outros personagens de Oesterheld e livros e revistas teóricos de pesquisadores argentinos e espanhóis. Minhas obras favoritas:
    Mort Cinder
    Ticonderoga
    El Eternauta 1 (duas versões) Sherlock Time
    Um personagem incrível é Sargento Kirk, mas eu li muito pouco suas histórias publicadas na Espanha (traduzidas do italiano).
    Na España a editorial Sins Entido publicou Oesterheld. Rey de reyes um livro com 68 páginas e datos sobre a intervençao política do roteirista.

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  4. Espero lá estar. Até porque sou um fã dos argumentyos do Oesterheld.

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Bongadas

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